A estratégia do executivo visa empobrecer o país. Na sua base está a crença que nos tornaremos mais competitivos se os custos de trabalho forem reduzidos. Os cortes nos vencimentos de funcionários e nas pensões inserem-se nesta estratégia. A redução da TSU também. Idem quanto ao aumento brutal de impostos que deita para o caixote do lixo o «choque fiscal» do PSD e o CDS partido dos contribuintes. A austeridade imposta pelos credores através dos memorandos de entendimento (ME) serve para legitimar essa estratégia e é uma «oportunidade» para, indo mais longe, o executivo cumprir um objetivo ideológico, o de pôr a sociedade (o trabalho, o território, etc.) e o Estado a funcionarem segundo uma lógica mercantil, sob dominação dos mercados financeiros. O neoliberalismo é pragmático: os fins justificam os meios.