A deprimente crise social para a qual nos está a arrastar o capitalismo de casino e esta “austeridade sem fim e sem fundo” (como lhe tem chamado João Ferreira do Amaral) pela qual optaram os vários governos da zona euro, a começar pelos governos de Portugal desde há dez anos, tem todos os componentes para conduzir à pior catástrofe social que a Europa conheceu desde 1945. Há duas semanas atrás escrevi aqui que é urgente sairmos da resignação que nos querem impor, para nos reconciliarmos com as nossas vidas, mas também contribuirmos decisivamente para evitar a catástrofe e resgatarmos a nossa dignidade.